10/12/2008

Sombras



A concha se fechou sobre mim.

Qual pérola enclausurada, guardo minha beleza e meus prazeres reprimidos na segurança e no tormento da prisão em que me encontro.

Minhas lágrimas caem agora, mas não molham sorrisos tristes, pois nem esses os tenho mais...

A Mentira. Minha escolha.

Meu padecer.

Todo esse desprezo...

Meu sofrimento não está sob um véu, jaz em um caixão preso em meu peito; e não consigo abri-lo. Não sem ajuda. Não sem ter em quem me apoiar. E eu conto só comigo, porque sozinha me encontro.

E a mortalha da solidão é pesada demais para ser erguida sem a força de um abraço, o calor de uma compreensão, a lembrança doce de um beijo casto - talvez mais carregado de desejo que a volúpia do sexo sem alma.


Lençóis molhados de lágrimas,

alma pesada pela autocompaixão,

beleza desperdiçada em tremores vãos e solitários...


Mas eu sei que a concha não vai se abrir.

E por aqui fico, entre o choro, o conto, os sonhos e os suspiros, à sombra da felicidade do viver...

4 comentários:

Anônimo disse...

O Sol vai surgir e clarear seus pensamentos.

Pri disse...

Oi Meninas mandei um pedido de ajuda para as meninas da comunidade, sobre o nome do livro acima tá :D
bjos
PS: tá lindo o blog

Cristina e Márcia disse...

Legal, Pri, corre atrás pra gente q é mt livro pra scanear e a gt esquece os nomes... Mas esse é mt poderoso pra ficar anônimo, não acha? hahahahahah
beijinhos

Cristina e Márcia disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
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