"Seus longos cabelos negros cintilavam sob o imponente cocar adornado com pedras e penas amarelas, e desenhavam sua silhueta ao repousarem suavemente sobre suas costas. Através de seus olhos, verdes como o círculo de jade que pendia em seu colo, podia-se quase tocar a tristeza que lhe ia na alma. Yana proferia sábias palavras, mas seus lábios não conheciam mais a doce expressão de um sorriso:
Deuses que zelam por nosso povo Protejam mais um ritual da fertilidade Deixem brotar a semente que será resguardada no ventre de cada mulher guerreira Povoem nossa aldeia com novas vidas repletas de luz E façam com que essa luz nos guie pelo caminho da paz
Ela havia se tornado a guia espiritual de sua aldeia, e zelava por cada mulher com a força que absorvia da Mãe Terra. Seus poderes místicos se fortaleciam a cada sol, e a luz da lua os abria para o mundo. Sua sabedoria amadurecera com o decorrer do tempo, e em cada gesto deixava fluir a bondade de seu coração. Mas o ritual da fertilidade continuava despertando dolorosas lembranças, e uma lágrima silenciosa rolou, traçando em seu rosto as marcas do sofrimento. Enquanto observava o desenrolar da cerimônia, sua face se transfigurava. Naquele momento, o peso do passado era insustentável."
El vino es mejor en tu boca, te amo es más tierno en tu voz, la noche en tu cuerpo es más corta, me estoy enfermando de amor...
Quisiera caminar en tu pelo, quisiera ser noche en tu piel, pensar que fue todo un sueño, después descubrirte otra vez...
Y amarte como yo lo haría, como un hombre a una mujer, tenerte como cosa mía, y no podérmelo creer...
Tan mía, mía, mía,mía, que eres parte de mi piel, conocerte fue mi suerte, amarte es un placer, mujer...
Quisiera beber de tu pecho, la miel del amanecer, mis dedos buscando senderos, llegar al final de tu ser, bailar el bals de las olas, cuerpo a cuerpo tu y yo, fundirme contigo en las sombras, y hacerte un poema de amor...
Y amarte como yo lo haría, como un hombre a una mujer, tenerte como cosa mía, y no podérmelo creer...
Tan mía, mía, mía, mía, que eres parte de mi piel, conocerte fue mi suerte, amarte es un placer, mujer...
"O amor é grande e cabe nesta janela sobre o mar. O mar é grande e cabe na cama e no colchão de amar. O amor é grande e cabe no breve espaço de beijar." Carlos Drummond de Andrade
No mais fundo de ti Eu sei que te traí, mãe. Tudo porque já não sou O menino adormecido No fundo dos teus olhos. Tudo porque ignoras Que há leitos onde o frio não se demora E noites rumorosas de águas matinais. Por isso, às vezes, as palavras que te digo São duras, mãe, E o nosso amor é infeliz. Tudo porque perdi as rosas brancas Que apertava junto ao coração No retrato da moldura. Se soubesses como ainda amo as rosas, Talvez não enchesses as horas de pesadelos. Mas tu esqueceste muita coisa; Esqueceste que as minhas pernas cresceram, Que todo o meu corpo cresceu, E até o meu coração Ficou enorme, mãe! Olha - queres ouvir-me? - Às vezes ainda sou o menino Que adormeceu nos teus olhos; Ainda aperto contra o coração Rosas tão brancas Como as que tens na moldura; Ainda oiço a tua voz: Era uma vez uma princesa No meio do laranjal... Mas - tu sabes - a noite é enorme, E todo o meu corpo cresceu. Eu saí da moldura, Dei às aves os meus olhos a beber. Não me esqueci de nada, mãe. Guardo a tua voz dentro de mim. E deixo-te as rosas. Boa noite. Eu vou com as aves.
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"Vivo nas estrelas porque é lá que brilha minha alma." (Manoel Bandeira).
"Sinto-me nascido a cada momento para a eterna novidade que é o mundo...." Fernando Pessoa
"A Alma não tem segredo que o comportamento não revele!"